terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Time do Ceará além de não arrecadar no estadual, ainda tem prejuizo trabalhista...

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Longe de campo: torcida do Ceará, que não está com o mesmo ímpeto do ano passado, quando ficou entre as cinco maiores do Brasileiro, levou apenas 982 pessoas ao último jogo

30 dias, após início do Campeonato Estadual, time alvinegro vê receita cair drasticamente, mas presidente já sabia

Dono da quinta maior média de público entre os 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2009, o time do Ceará sofre com prejuízos neste começo de temporada.

Com um mês de bola rolando no Estadual, a equipe de Porangabuçu não conseguiu por nos cofres R$ 100 mil, o que no Nacional do ano passado foi algo raríssimo de acontecer, principalmente depois que o time embalou na Competição.

Neste cearense, com apenas três partidas como mandante, e dois clássicos disputados os alvinegros somaram cerca de R$ 90.000,00.

"O prejuízo para nós é imensurável", afirma o presidente do Ceará, Evandro Leitão, que não esconde a insatisfação com o momento, mas afirma que o problema não é surpresa. "Já esperávamos por isso. Sem estádio na Capital, nosso publico ficaria afastado. É complicado", comenta. Por outro lado, o mandatário alvinegro diz que para tentar evitar que a falta de recursos vindo da arquibancada comprometa o planejamento e a folha de pagamento do clube, Evandro revela uma receita que já usa desde quando assumiu.

"Temos de usar a habilidade. Isto nós estamos fazendo há dois anos. Iremos antecipar cotas da televisão, tentar fazer alguns empréstimos bancários, aumentar a participação e o marketing do nosso programa de sócio torcedor. Quando assumi o clube, já sabia que não teria vida fácil", revela Leitão.

Apesar disso ele não quis revelar, o valor da despesa mensal em Porangabuçu. "Isso eu vou ficar lhe devendo. Prefiro não falar valores", disse o presidente. No entanto, pelo que a reportagem apurou, a folha de pagamento do clube alvinegro passa dos R$ 500 mil, isso antes da chegada do técnico PC Gusmão. Por outro lado, o sócio-torcedor, ano passado, lhe rendia cerca de R$ 200 mil mensais. "O nosso sócio-torcedor nos ajuda e muito", garante o presidente.

Contudo, os próximos 30 dias do Vovô ainda podem ser de mais prejuízos, caso o time não chegue às finais do Primeiro Turno do Cearense.

Serão duas semanas sem jogos e ainda por cima o próximo Clássico-Rei, principal esperança da diretoria para um suspiro financeiro, só acontecerá no dia 21 de março. Até lá, serão duelos contra Guarany (S), Horizonte, Itapipoca, Maranguape, Ferroviário e Boa Viagem.

Em baixa

No último domingo, o Ceará registrou um de seus piores públicos da década: apenas 982 pessoas pagaram ingresso par assistir ao jogo contra o Crato.

Que por coincidência ou não a equipe de Paulo César Gusmão venceu por 2 a 0, e convenceu, como disse o seu treinador. "Foi uma vitória sem sustos", declarou PC, que junto com sua comissão técnica recebe mais do que o clube arrecadou nos últimos 30 dias.

30%
Justiça trabalhista levará mais


Se não bastasse o fraco desempenho na arrecadação deste ano, o Ceará Sporting Club ainda sofre com prejuízos causados em administrações passadas. Que o diga as famigeradas causas trabalhistas. Na quatro partidas como mandante neste Campeonato Cearense, a Justiça trabalhista retirou da renda liquida do time alvinegro aproximadamente R$ 35 mil, ou seja quase 40% do que o clube amealhou neste início de temporada. No clássico ante o Fortaleza (arrecadação total de R$ 326.290,00), o Ceará teria direito a uma renda liquida de R$ 101.100,94. Porém, a Justiça trabalhista levou R$ 26.805,00.

Perdas

Ontem, a diretoria do Ceará recebeu a informação que a partir de agora a Justiça do Trabalho descontará das partidas 30% da renda liquida.

SEM CONVERSA
Presidente nega reunião para tratar assunto


O presidente do Ceará, Evandro Leitão, informou no final da noite passada, que não se reuniu com a diretoria do clube, ontem, para tratar sobre a decisão da justiça de tirar 30% das receitas do clube. “Nem sequer tocamos neste assunto. Nossa reunião aconteceu normalmente, sobre assuntos do clube, como acontece todas as segundas-feiras.
Até porque, já sabíamos disso desde novembro do ano passado. Já estão tirando mais de 25% da nossa renda. E o nosso departamento jurídico está resolvendo esse problema”, revelou o mandatário alvinegro

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