domingo, 8 de novembro de 2009

Educação: UNIBAN comparada ao TALIBAN...


A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), informou neste domingo, 8, que que vai cobrar da Universidade Bandeirante (Uniban) explicações sobre a decisão de expulsar uma aluna que usava um vestido curto e sobre o andamento das medidas contra estudantes que a "atacaram verbalmente". Nilcéa condenou a decisão de expulsar a universitária e disse que a atitude da escola de demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse a ministra à 'Agência Brasil', ao chegar para participar do seminário seminário A Mulher e a Mídia.

Em anúncio pago publicado nos jornais deste domingo e que já circulam neste sábado, a Uniban informou a expulsão da aluna Geisy Arruda. Diz o texto que a moça adotou uma “postura incompatível com o ambiente da universidade” e que ela provocou os colegas ao fazer “um percurso maior que o habitual”, desfilando todo o seu “desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”.As cerca de 300 participantes do seminário A Mulher e a Mídia decidiram divulgar, ainda neste domingo, moção de repúdio à Uniban pela expulsão da estudante

A decisão da Uniban também foi reprovada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), uma das participantes do seminário. Segundo a deputada, a expulsão de Geisy não se justifica e parte de um "moralismo idiota". afirmou Erundina

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, considerou "descabida" a decisão da Universidade Bandeirante (Uniban) de expulsar a aluna após o episódio em que ela foi humilhada por outros alunos.

Uniban e o linchamento moral: a culpa é da vítima

Esse desfecho já era esperado. Desde quando houve a sindicância o advogado de Geyse reclamou sobre o tipo de interrogatório que estava sendo promovido ali. Perguntas e mais perguntas sobre a vida pessoal de Geyse, suas roupas, seu comportamento, etc. Depois na quinta-feira em um propgrama de TV, também o assessor jurídico disse que eles iriam investigar se ela provocou, se não provocou, se ela tinha o hábito de ir com aquelas roupas, ou não, e que os alunos, professores e funcionários iriam ser ouvidos, porque ele estava impressionado como que na universidade há tantas meninas que usam vestidos curtos e roupas decotadas e ainda assim não ocorre o que ocorreu com Geyse. Alguma causa há, dizia ela. Obviamente, que a causas eria Geyse. Que outra causa poderia haver que não ela?

E mesmo a ministra Nilcea Freire tendo enviado um documento para a Uniban no qual dizia, entre outras coisas:“Justificar qualquer crime ou mesmo discriminação contra a mulher só faz propagar a cultura sexista de gênero, pois afasta a culpa dos agressores, transmitindo-a a fatores secundários como o uso inadequado de roupas, comportamento provocativo ou ainda à conduta da mulher”.

Parece que ninguém deu muita bola para ministra. E fica o alerta para outras meninas que eventualmente decidirem ir com roupas curtas. A qualquer momento se uma turba implicar com elas só lhes restará lamentar e procurar advogados, pois como bem você disse a universidade se encarrega de ajudar a linchar!.O Uniforme na Uniban,-que pode mudar o nome para Taliban-, deveria ser burca e o Reitor o Ahmadinejad."Existe algo mais ignorante do que se orgulhar da própria ignorância?

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